E aquele toque mais uma vez
perdurava, diferente de todos os outros, esse toque sabia onde doía, tinha uma força
tão leve e segura que me levava a nem perceber quando a dor passava. Se eu fosse
descrevê-lo mais além, diria que ele vinha
acompanhado por olhos que enxergavam mais que meu corpo externo, olhos que por vezes
achavam o motivo da dor no primeiro contato; Diria também que esse
toque tinham ouvidos, ouvidos tão aguçados que muitas vezes ouviu quando minha
alma gemia e dizia querer desistir por que já acreditava que o primeiro passo
nunca ocorreria, e era então que o toque entrava em ação, me passando uma fé de
que tudo daria certo e só dependeria de mim; Se hoje eu fosse descrever todo o corpo que acompanhava esse toque diria que
suas vestes eram brancas, tinha um sorriso confiante, um olhar de fé e fazia
milagres com as mãos, com simples e sábios toques o meu corpo curava certamente, suas características eram muito facilmente confundidas com as dos anjos, porém o nome da cura que
realizava não era milagre e sim fisioterapia o que o levava a ser chamado de
FISIOTERAPEUTA, meu anjo sem asas.
(Roberta Miranda)
13 de outubro dia do
fisioterapeuta.