Dor lombar e sua ligação com a postura sentada




É comum ser visto em diversas áreas de trabalho pessoas se queixando de dores lombares, que pode ser de intensidade leve a mais grave, que impossibilita nas atividades diárias. Entender alguns dos fatores que ocasionam esse incomodo é importante para podermos evitá-los ou minimizar essa ocorrência no setor do trabalhador. Segundo Alves Neto (2009) um dos maiores problemas de saúde mundial no território ocidental são as dores lombares, que chega a atingir 70% a 85% dos indivíduos adultos. Essas dores então deixam de serem preocupantes apenas em um contexto individual e passa a preocupar o coletivo, já que dados mostram que nos Estados Unidos 2% da população participante da economia estão impossibilitados de trabalhar, sendo compensados financeiramente. Além dos gastos com os licenciados, os valores usados com tratamento são altos e nem todo procedimento pode ser facilmente liberado pelo Sistema Único de Saúde, no Brasil. 
Para Fernandes Nilda (1992) a lombalgia que se trata de dores na região lombar podem ser provocadas por hérnia discal, dores gerais, quando atingem as vértebras discais podem ser por infecções, dores reflexas, dentre outras. Ela pode se desenvolver como uma dor, que ocorre após um movimento brusco, que solicita a região lombar de uma maneira violenta. Ou pode ocorrer de forma crônica, quando a dor passa a durar muito tempo. 
Como na maioria dos casos de dores, o organismo entra em alerta para proteger a área que está sendo lesada, levando a uma contratura da musculatura local, que por fim deixa a dor mais intensa, devido a fadiga dos músculos que estão trabalhando em excesso para tentar manter a harmonia da região, o que nem sempre consegue, devido a lesão ser maior que a preparação do corpo para conflitos. 
Nesse contexto podemos dizer que os fatores desencadeantes da dor lombar são diversos, porém o que mais se destaca são as causas biomecânicas, características de cada individuo e atividade ocupacional. Dentre as condições lesivas está a postura sentada por longos períodos e de forma incorreta. 
Mas por que uma postura que pode causar supostamente um descanso ao corpo pode ser tão prejudicial? Isso acontece por que quando sentados o peso total do corpo é sustentado pela tuberosidade isquiática o que envolve direta e indiretamente toda estrutura ao seu redor, levando a exigir mais dos músculos abdominais e dorsais, onde os mesmos nem sempre estão preparados para tal tarefa. A falta de força e resistência desses músculos e uso incorreto, levam a uma redução da flexibilidade miofascial. Esse conjunto de fatores trazem as dores, que associado ainda ao encurtamento dos isquiotibiais e iliopsoas(acontecimento favorável nessa postura) levam ao acentuamento da lordose, mudando a estrutura biomecânica do corpo e intensificam as dores. 
Como mostrado a dor lombar trás transtornos econômicos, perda de produtividade no setor de trabalho, acrescento também diminuição da auto estima, devido a limitação/impossibilidade para certos movimentos. Esses fatores deveriam torna a prevenção dessa algia de suma importância na vida do individuo e no coletivo. 
Mas como prevenir? No contexto individual, deve se preparar a musculatura do corpo para execução da suas atividades, ou seja, um individuo que faça atividades físicas de forma correta e orientada por um profissional competente terá menor risco de desenvolver tais dores. 
Já no setor coletivo, mas precisamente em empresas, a prevenção deve acontecer no setor, com aconselhamentos aos funcionários sobre a melhor postura no local de trabalho, com equipamentos ergonômicos ao mesmo e com a "quebra do padrão", ou seja, durante um período de trabalho o funcionário precisa executar uma atividade cinesio funcional, com acompanhamento de um profissional responsável por tal especialidade, que desenvolverá um programa de execução voltada ao ambiente de trabalho, além de trazer a tona a consciência corporal e cuidado com o mesmo aos grupos do setor. 
Lembrando que não se tem conhecimento de uma posição sentada por longos períodos que seja benéfica ao corpo, mas sim a que menos agride, além de que mesmo a melhor postura não deve ser sustentada sem intervalos em períodos maiores que 4 horas. 
Alguns alongamentos podem ser desenvolvidos individualmente para os interessados em manter uma boa qualidade da estrutura corporal e pode ser realizado regularmente, onde se saiba como estão as condições do corpo e se o mesmo não tem nenhuma alteração musculoesquelética que o impeça, lembrando que é importante consultar um profissional antes de começar a alongar-se, se o mesmo já sente alguma dor que persiste ou tem dúvida em como executar.

  
  
  





Referências:



Alves Onofre. Dor: princípios e prática, editora Artmed,2009.


Fernandes Nilda.Yoga Terapia: O caminho da saúde física e mental, 2ed. editora Ground, 1992.

Imagem: www.triathlonsemgluten.com.br

Estalar ou não estalar os dedos?


Diversas vezes  sou abordada por pessoas que me perguntam sobre estalar ou não os dedos, então resolvi escrever sobre. 
Por muito tempo se acreditou que aquele som tão épico e usado algumas vezes em situações de stress ou mesmo por hábito causaria danos aos dedos, pois o que "supostamente" aconteceria nessa ocasião seria o contato entre as falanges, que seguindo essa lógica  poderia gerar um desgaste desses ossos.  Isso seria correto, caso não houvessem entre as falanges, articulações (Interfalangianas), e essas possuem uma cápsula que contém líquido sinovial, que funciona como um lubrificante articular,  o mesmo é formado por gases(oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono).  
A algum tempo o médico Gregory Kawchuk-Canadá, filmou o movimento de estalar os dedos, utilizando uma máquina de ressonância magnética, o que constatou que esse movimento gera um vácuo "bolha" nessas substância da articulação interfalangianasque devido a pressão negativa estouram e  fazem o barulho, o que desmistifica a hipótese de  contato dos ossos.  
Então esse movimento não causaria artrite, um caso bem curioso foi do Donald Unger, que por sessenta anos estalou os dedos da mão esquerda e da mão direita não, depois dos anos passarem  não foi constatado diferenças entre a integridade das mãos, o mesmo ganhou o prêmio Ig Nobel de Medicina por esse experimento. 
Saber que não existe comprovação cientifica de prejuízo a articulação não pode ser desculpa para pessoas que usam o mecanismo de forma compulsória continuarem seu hábito. Já que tudo em excesso tende a gerar resultados negativos. 

Curiosidade: 

As falanges são ossos dos dedos, e esse nome veio devido a história constatar que na região da Grécia existiram soldados de infantaria, juntos, com armas que formavam uma muralha, esses eram chamados de falange. 



Fontes: Livro:Donald A. Neumann. Cinesiologia do aparelho musculoesquelético: fundamentos para reabilitação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
 Isaac Asimov. O corpo Humano: Sua estrutura e funcionamento. São Paulo: Hemus. 

DRENAGEM LINFÁTICA:

CONCEITOS, APLICAÇÕES E RESTRIÇÕES EM GESTANTES



Na gravidez é importante que se desenvolva alterações físicas no corpo da mulher para que se tenha um crescimento e desenvolvimento do feto positivo. Todavia o desenvolvimento dessas alterações podem às vezes trazer como conseqüência dor e limitações em suas atividades corriqueiras.
Entre a 27ª a 40ª da gestação que corresponde ao terceiro trimestre, o corpo uterino apresenta um tamanho bem maior do que o normal e com contrações de modo regular, onde em raras ocasiões são percebidas.
Frequentemente, as principais queixas são de dores na região lombar, micção rotineira, os edemas, que são preponderantes nos membros inferiores acompanhados de fadiga muscular.
É necessário que haja um conhecimento afundo das mudanças ocorridas durante a gestação, pois assim pode-se identificar o que é alterações fisiológicas e o que é alterações patológicas.
O sistema linfático, é uma via acessória da circulação sangüínea, permitindo que os líquidos dos espaços intersticiais possam fluir para o sangue sob a forma de linfa (do latim -água nascente/pura). Os vasos linfáticos podem transportar proteínas e mesmo partículas grandes que não poderiam ser removidas dos espaços teciduais pelos capilares sangüíneos. A linfa tem uma particularidade de grande importância prática, não coagula como o sangue, o que faz com que a lesão de seus vasos coletores maiores espoliem o indivíduo rapidamente.
Suas principais funções podem ser divididas em: função imunológica e de defesa do corpo contra organismos invasores. Mediante invasão do organismo, ele desempenhará suas funções defensiva e imunológica, e quando em situações anormais, ocorrer formação excessiva de líquido intersticial, o sistema linfático vai
agir em seus limites fisiológicos, visando o retorno desse excesso de fluido à circulação sanguínea.
Existem diversos fatores que podem causar o edema: 1) obstrução venosa; 2) Obstrução linfática; 3) aumento da permeabilidade capilar arterial; 4) hipoproteinemia; 5) aumento da pressão capilar.
Na obstrução linfática há um excessivo acúmulo de edema nos tecidos.O edema gestacional é definido como um excessivo acúmulo de líquido nos tecidos, valorizado quando de aparecimento súbito. Cerca de 1/3 das grávidas exibe edema generalizado em torno da 38a semana de gestação.
O edema é resultado do desequilíbrio verificado entre o aporte líquido retirado dos capilares sanguíneos pela filtragem e a drenagem do líquido.
O aumento da permeabilidade capilar, o aumento da pressão capilar, hipoproteinemia, compressão das válvulas venosas, alterações hormonais que, segundo, o estrogênio, a progesterona, o cortizol e a relaxina, mediam um estado de maior flexibilidade e extensibilidade, bem como maior retenção de
água, ocorrendo em 50% das gestações edema, principalmente em membros inferiores, são exemplos clássicos de fatores que levam ao edema gestacional.
A drenagem linfática drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo, dessa forma, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular.
Dois processos muito diferentes contribuem para a evacuação desses líquidos intersticiais. O primeiro processo é a captação realizada pela rede de capilares linfáticos. A captação é a conseqüência do aumento local da pressão tissular. Quanto mais a pressão aumenta, maior é a recaptação pelos capilares linfáticos.
O segundo processo consiste na evacuação, longe da região infiltrada, dos elementos recaptados pelos capilares. Esse transporte de linfa que se encontra nos vasos é efetuado pelos précoletores em direção aos coletores. Os dois processos, muito diferentes entre si, devem, naturalmente, ser facilitados por técnicas adequadas de drenagem manual.


ENTEDIMENTO DO SISTEMA LINFÁTICO

A hipótese de Sterling explica o equilíbrio existente entre os fenômenos de filtragem e de reabsorção no nível das terminações capilares. A água carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas deixa a luz do capilar arterial (CA), chega ao meio intersticial e banha as células. Estas retiram desse líquido os elementos necessários a seu metabolismo e eliminam os produtos de degradação celular. Em seguida, o líquido intersticial é, pelo jogo sutil das pressões, retomado pela rede de capilares venosos (CV).
Várias pressões são responsáveis por essas trocas através do capilar sangüíneo:
1. A pressão hidrostática (PH), ligada à existência da corrente sangüínea, depende da atividade cardíaca. O valor de ±30 torr (mmHg), no nível arterial, cai a ± 20 torr, no nível do capilar venoso.
2. A pressão oncótica (PO), ligada à presença de proteínas no sangue, é de aproximadamente 25 torr. Esse valor permanece mais ou menos constante em todo o trajeto do capilar. Somente as moléculas de tamanho muito reduzido deixam a luz dos capilares.
A rede de reabsorção é constituída pelos capilares linfáticos que coletam o líquido da filtragem carregado de dejetos do metabolismo celular. Os capilares ou linfáticos iniciais não são valvulados. Eles encontram-se dispostos em dedos de luvas, isto é, num sistema tubular fechado.
A rede de capilares é muito rica. Os capilares linfáticos não parecem ser inervados, apesar de serem observadas terminações nervosas na vizinhança imediata das células que constituem a membrana dos vasos. Suas estruturas são diferentes conforme os órgãos e tecidos. Numerosas anastomoses linfo-linfáticas caracterizam a rede. O calibre dos capilares linfáticos geralmente é
superior ao dos capilares sangüíneos.
O estiramento da pele tem como efeito a produção de puxões no nível das zonas aderentes e de oclusão, que são vias possíveis de penetração (de reabsorção).
Em caso de necessidade (processo inflamatório, edema etc), o capilar linfático se dilata e novas vias (preexistentes) se tornam funcionais quando ocorre aumento da pressão tissular. A progressão da linfa no nível dos capilares é facilitada por pressões exercidas pelas contrações dos músculos vizinhos e pela pulsação arterial. As mobilizações de diversos planos tissulares entre si, durante movimentos do corpo favorecem a progressão da corrente linfática. Enfim, as pressões líquidas e tissulares têm um papel discreto, mas essencial, na manutenção da corrente linfática.
Os vasos linfáticos pré-coletores recebem a linfa coletada pelos capilares para leva-la à rede dos coletores. Os pré-coletores são valvulados: a porção situada entre duas válvulas é denominada linfângio e seu percurso é sinuoso. Eles desembocam nos coletores, onde uma válvula impede qualquer possibilidade de refluxo.
Os canais linfáticos coletores recebem a linfa para levá-la até os gânglios. Estes canais constituem vias muito importantes de evacuação: desembocam nas cadeias gânglio mares (coletores aferentes) e deixam o gânglio em menor número (coletores eferentes).
Os coletores são munidos de musculatura própria que submete os vasos a contrações espetaculares, enviando a linfa pouco a pouco em direção a uma desembocadura terminal.
A respiração favorece o retorno da linfa no canal torácico. Os movimentos de inspiração e de expiração produzem aumentos de pressões seguidos de diminuições que atuam sobre o canal torácico e facilitam o trânsito linfático ate a sua desembocadura venosa


FISIOPATOLOGIA DO EDEMA GESTACIONAL:

Segundo Herpertz (2004, p. 60), é normal ocorrer um acúmulo de água de até 7L durante a gravidez, havendo assim um aumento de peso na grávida de até 12 a 13 kg. É de extrema importância essa reserva de água para que a troca de liquido com o feto ocorra de forma contínua através da placenta, pois ao contrário acarretaria danos ao feto devido a um período de sede.
Por essa razão uma turgidez da pele é considerada normal, ou seja, fisiológico. Pesos maiores dos citados acima decorrentes de acumulo de gordura ou por edemas graves.
O acúmulo de água na gravidez é devido principalmente pela atuação do estrogênio que retém o sódio e eleva a permeabilidade capilar pela liberação de histamina. O aumento de líquido nos membros inferiores ocorre pela pressão do feto nos vasos pélvicos durante seu crescimento com o passar dos meses.
Nesse tipo de edema se exclui outras causas, como por exemplo, uma doença renal ou hepática.


DRENAGEM EM EDEMA GESTACIONAL:

Na manobra de captação ou de reabsorção a mão está em contato com a pele pela borda ulnar do quinto dedo. Os dedos imprimem sucessivamente uma pressão, sendo levados por um movimento circular do punho. A palma da mão participa igualmente da instalação da pressão.
A manobra produz um aumento da pressão tissular, e a orientação da pressão promove a evacuação. A pressão deve, portanto, ser orientada no sentido da drenagem fisiológica. O ombro executa movimentos de abdução e de adução do cotovelo. A pressão se instala durante a abdução. Já na manobra de evacuação ou de demanda a mão está em contato com a pele pela borda radial do indicador. O contato da borda ulnar da mão é livre. Os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo contato com a pele
que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra. A pressão se instala durante a abdução do cotovelo. A manobra produz uma aspiração e uma pressão da linfa situada nos coletores. Experimentos com humanos, durante linfografias, evidenciaram o efeito da pressão.
Nas manobras especificas de drenagens onde. Os círculos são com dedos (sem o polegar), há movimentos circulares concêntricos efetuados deprimindo levemente a pele e deslocando-se em relação ao plano profundo. A pele arrasta os tecidos moles subjacentes através de um estiramento suave, prolongado e ritmado, de modo a facilitar a reabsorção no nível dos capilares.
A pressão exercida durante essas manobras é suave e progressiva. Ela é produzida segundo um gradiente de pressão cujo valor máximo não ultrapassa 40 torr. Os círculos com os dedos são realizados várias vezes consecutivas no local. A mão se desloca sem fricção.
A orientação das fases sucessivas de pressão e de depressão segue o sentido da drenagem linfática fisiológica. O movimento é caracterizado por um vai-e-vem de abduções e aduções do ombro, com o cotovelo flexionado, realizando, no nível da mão, uma sucessão de pronações e de supinações. O polegar como os outros dedos, pode participar de manobras específicas de drenagem. Sua excelente mobilidade lhe permite adaptar-se aos relevos para, em seguida, deprimi-los. As pressões crescentes e decrescentes são orientadas no sentido da drenagem local. Os movimentos circulares em torno do pivô metacarpofalangeano são combinados com a rotação axial do polegar.


O movimento combinado

O movimento combinado é a associação dos círculos com os dedos e dos círculos com o polegar. Enquanto os dedos realizam os movimentos o polegar realiza o movimento circular descrito em seguida na página 35, no sentido oposto ou no mesmo sentido que o movimento dos outros dedos. Deve-se evitar pinçar a pele entre o polegar e os outros dedos quando os círculos do movimento combinado são executados em sentidos opostos. A manobra de drenagem se assemelha ao ato de pétrissage (trabalhar uma massa).


As pressões em bracelete

As pressões em bracelete se justificam quando a zona a ser tratada pode ser envolvida por uma ou duas mãos. Se as pressões em bracelete forem aplicadas gradualmente, da região proximal à distai, a pressão propriamente dita vai do montante à jusante, com o objetivo de facilitar a reabsorção no nível dos capilares ou dos linfáticos iniciais. As mãos envolvem o segmento a ser drenado e as pressões são intermitentes, ou seja, a cada fase de pressão sucede uma fase de relaxamento.


A drenagem manual dos gânglios linfáticos

A drenagem manual dos gânglios linfáticos é realizada com a mesma suavidade e prudência que a das vias linfáticas.
A mão entra em contato com a pele por intermédio do indicador.. A mão repousa sobre a pele do paciente, deprime-a e estira-a no sentido proximal.
Os dedos encontram-se perpendiculares às direções de evacuação dos gânglios, isto é, aos vasos aferentes.
Nas gestantes os principais edemas se localizam na parte dos membros periféricos inferiores. Segundo Herpertz (2004, p. 206) estes edemas devem ser drenados dos linfonodos supraclaviculares dos dois lados para o terminal, de forma mais intensa do lado esquerdo, (realizando em conjunto cinesioterapia respiratória), da região iguinal acometida pela lateral do tronco e da parede torácica para a axila tanto do mesmo lado como contralateral, da coxa para linfonodos iguinais, da região posterior da coxa onde se encontra uma anastomose ciática para os linfonodos pré-sacrais, da região anterior da perna em direção a região interna do joelho e região posterior do jarrete e por fim, do pé para a perna.
A drenagem por ser um método não invasivo, de baixo custo e por trazer ao paciente resultados satisfatórios, pode ser considerada uma nova opção de tratamento com inestimável valor. Para isso o conhecimento prévio sobre o sistema linfático é de suma importância para a realização bem sucedida da técnica.





REFERÊNCIAS

ARAÚJO, R.L. Medicina de ReabilitaçaoManual Prático. Rio de Janeiro: Revinter,2008.

WINTER, W. R. Drenagem linfáticao. 2.ed. Rio de Janeiro: Vida

Estética, 1995.

RIBEIRO, D. R. Drenagem linfática manual corporal. 3.ed. São Paulo: Senac,

1998.

GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.


HEILBERG, I. P.; SCHOR, N. Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário – Itu. Revista da associação médica brasileira. São Paulo. v.49, n.1, jan./mar. 2003.

BORGES, f. s. Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas, Rio de janeiro, Phorte, 2008.

Herpertz, Ulrich. Edema e drenagem linfática. 2 ed.

São Paulo, 2004.

Atuação Da Hidroterapia Na Fibromialgia (Dor Crônica)



A fibromialgia (FM) é uma síndrome que determina limitações à capacidade funcional dos indivíduos pelo quadro álgico crônico, podendo interferir diretamente na qualidade de vida e, portanto, na saúde dos pacientes. É uma patologia reumática caracterizada por dor músculo esquelética difusa crônica (associada à pressão de pontos superficiais específicos- tender-points) e fadiga, comumente associada com distúrbios do sono e alterações de caráter psicológico, como a depressão, além de alterações na sensibilidade dolorosa, autonômicas e no sistema neuroendócrino. Outros sintomas ocasionalmente relatados são cefaleia  ansiedade, alteração de memória e dismenorreia. 
A FM acomete principalmente mulheres de meia idade (30-60 anos), mas pode apresentar-se em ambos os sexos e em qualquer idade. A prevalência mundial é em torno de 2%, e calcula-se que pelo menos 3,5 milhões de brasileiros sofram da doença. 
O tratamento de hidroterapia é dirigido para um condicionamento geral, aliviando a dor, melhorando os padrões de sono através do esforço físico e relaxamento muscular, prevenindo e corrigindo contraturas secundárias a dor. O calor e a flutuabilidade da água aliviam o estresse nas articulações, principalmente naquelas envolvidas na sustentação de peso, proporcionando a realização do exercício sem dor. 
A realização do exercício em grupo, com a presença de outros pacientes pode ajudar na disciplina para o exercício aquático regular e a manutenção á longo prazo, já que os sintomas da doença exigem este compromisso com o tratamento em um longo período de tempo. 
Os exercícios em piscina aquecida são, talvez, as atividades mais benéficas para fibromiálgicos, pois há uma falta de força concêntrica e os movimentos são mais lentos por serem executados na água, reduzindo as chances de microtraumas. 
O objetivo do programa de exercícios aquáticos terapêuticos para fibromialgia é ajudar a aumentar a tolerância do indivíduo ao exercício e o nível de resistência, ganhando desta forma melhoria geral no nível de condicionamento. À medida que o nível de condicionamento melhora a intensidade dos sintomas, como dor após o esforço, rigidez e fraqueza muscular diminui.